6.9.01

The Internet is enabling conversations among human beings that were simply not possible in the era of mass media.

A Internet está permitindo conversações entre seres humanos que simplesmente não eram possíveis na era da mídia de massa.


A comunicação dos mercados ficou cerceada desde a Revolução Industrial. O trabalhador foi deslocado da sua antiga posição de artesão para obedecer as ordens da gerência. Não havia espaço para ser criativo. Não era interessante para o andamento dos negócios. Compravamos carros pretos, pois esta era a única cor oferecida. O marketing minimizava a força dos mercados.

Mas nem sempre foi assim. Na antiga Mesopotâmia, e em mercados não tão antigos assim, o homem e as mulheres acordavam, e iam aos mercados. Não só para comprar suas necessidades básicas. mas para trocar ideias. Saber o que estava acontecendo. Ouvir e contar estórias. Os mercados conversavam.

Os mercados nessas culturas antigas formavam o centro de informações, e tinham a caracteristica intrínseca de promover o crescimento da civilização.

Quando estive em Istambul, antiga Constantinopla, tive uma experiência interessante. O Gran Bazaar era, e continua sendo, o centro dos acontecimentos. Os vendedores vendem com prazer. Os compradores se deliciam com a interatividade entre as partes. As regras são caóticas. Um vendedor discute com outro concorrente a fim de vender para o mesmo cliente. Mas não há crise. Este é o código neste mercado. Vale o poder das estórias, e a qualidade da argumentação. Nem sempre o produto é o ponto principal. Os mercados conversam. Existe transparência. O bazar está funcionando, e não interessa quem é o vendedor.

Na Internet acontece o mesmo. A humanidade está resgatando o poder da conversação. Estamos em rede para trocar informações. Mostrar a cara. Bater papo. Utilizando a voz humana preferencialmente.

Mas como a Net modifica o mundo dos negócios? Estamos vivendo uma nova realidade. As empresas continuam a nos enviar informações catatônicas. Não dá para saber se estão falando a verdade. Como acreditar que nada existe por trás destes documentos. Cheira mentira. Quando os mercados conversam na rede, redescobrimos as verdades que existem escondidas nas entrelinhas corporativas. A burocracia está perdendo para a transparência. A Internet informa, e assim os usuários aprendem muito mais. E mais rapidamente. As empresas estão escondidas. Estão em silêncio. Não conseguem transpor o muro virtual derivado dos conceitos tradicionais de gerência.

As empresas não captaram as ondas da novidade. Continuam agindo como se nada tivesse acontecido. Tratam os clientes como se fossem objetos da comunicação de massa. Isto não existe mais. Os mercados deram a volta por baixo. Temos que nos atentar que na rede o consumidor ganhou força. Estamos vivendo um novo mundo, e o conceito de gestão deve ser
modificado. A empresa precisa aprender a conversar com seus clientes, mas para isto tem que entender este mundo digital. Tem que participar.

Encarar a Internet como televisão é o grande erro. Na rede atingimos as pessoas de forma única. Cada um é cada um. A tecnologia facilita esta abordagem. No entanto, para quem esta entrando na UOL agora, a Internet parece um programa de televisão muito L-E-N-T-O. É lógico que não é necessário ter vivido os tempos da BBS para se identificar com a rede. Mas foi o início das conversações.


Na Web as coisas são diferentes. Não existe a mídia de massa. Os banners tem função limitada para manter o Marketing de Interrupção funcionando. São muitas ofertas de informação, e ficamos mareados nesta navegação. Não estamos sujeitos a um poder central, e desta forma somos livres para ir e vir.

As empresas, agora, tem que respirar fundo, e tentar entender as regras deste novo jogo. O mercado está crescendo, e aparecendo. Existe vida saudável conversando na rede. As empresas que quiserem continuar a participar terão que aprender a jogar. E tem que sair para o jogo. Para estar na Web é importante a participação, o inter- relacionamento, o respeito ao direito dos usuários, a qualidade dos serviços, a transparência e a vontade de voltar a ser humano. Neste jogo o juiz não manda. Quem manda é a torcida. Então, escolha o time. E vamos brincar.
Por que linkar os outros blogs?

A page with no links is literally a dead end on the Web
David Weinberger - Manifesto Cluetrain


Desde que comecei a pensar na Informação Criativa tinha em mente que a necessidade dos mercados estarem conversando. Acredito que a magia do hyperlink faz o inter- relacionamento. E vi tudo isso acontecer. Então, por que crio links no meu site e aponto para outros?

Linko o 42 porque eles linkam todos os blogs através do arredores. O conteúdo do blog é bem open source... O 8080, apesar de estar momentaneamente fora do ar, é do Roberto Cury. Ele é um dos caras que mais respeito na rede... O Amnésia, nem lembro mais, mas deve ter um bom motivo linkar um site esperto... O Alfarrábio é parte do movimento. O Bicarato e eu trocamos conversas de bastidores... O Blah Blah Blog é um blog das antigas. Não acho espetacular, mas a Fla Durante tem a manha... O Buaiz é amigo. Ele escreve com o coração. Gosto dele... O Calvin One é o anarquismo da propaganda. Revolucionário pela própria natureza... O Catarro Verde é nojento, cheio de paus na bunda.... mas de vez em quando sobra criatividade... O Concatenum é muito bem feito. Ele faz um papel parecido ao arredores... linka os blogueiros através do seu controle remoto... A Cora Rónai do InternETC é novata nos blogs... e veiaca na informação. Ela é a superditora do caderno de informática do O Globo... O cp288 é a gangue dos blogs. Brincam com o perigo... A Delicias Cremosas é a feminilização do Carlos Zéfiro em forma de texto... O Escopeta é muito louco... O Esquissos traz as maravilhas da terra de Camões... O Gente que Faz é uma merda. As vezes posto lá, mas ainda não sei o por quê? ... O HyperSpeed da Lia Caldas é passagem obrigatória. O blog é muito bem feito e a web câmera traz sempre novidades da loirinha da velocidade... O Joelhasso é fonte. O Izquierdo manda muitíssimo bem nos seus artigos. Tri legal... Let´s Blogar é onde encontro as novidades e ferramentas para enfeitar a web...Livres, well, todo mundo gosta de estar livres... Lu3, não é um blog que visito sempre, mas a Lu é uma artista Recomendo... Manifesto é parlante no nome... adoro declarações... Mercado Hype. Gato Bandini é mais que irmão. Ele é eu, ou seria o contrário....E o Nós, rascunho do livro do Sérgio Buaiz e eu serei o prefacista... Por um punhado de pixels. Nada pra comentar. Nemo Nox faz um trabalho de elite na Internet Brasil. Vale a pena visitar diariamente... Samizdat do Guilherme Kujawski é o que temos de melhor na informação sobre tecnologia na nossa web... O Tipuri é do Estraviz. Um cara ligado nos movimentos progressistas. Tipuri é Dada... Udigrudi são os devaneios poéticos da Ana Gonçalves... O Vida de redatora? é bom saber da vida de quem passa o dia escrevendo... O Yeahbabe... tem que entra lá para não ver... Zamorim, porque gosto de ler seus pensamentos. O cara é fera... A Zel, ora, todo mundo precisa fazer um social.

Os links me levam aos sites que gosto. Aliás, para que serve um site pessoal se eu não me valer dele para me conectar com o mundo exterior. Meu site é o ponto de partida para as minhas viagens. pt saudações.

5.9.01

Conversations among human beings sound human. They are conducted in a human voice.

Conversações entre seres humanos parecem humanas. Elas são conduzidas em uma voz humana.

O que CRM tem a ver com Call Center? Tudo... Os marketeiros acreditam que são coisas diferentes... CRM cuida bem do cliente... Call Center tripudia. Enquanto o CRM trata clientes como pessoas... faz parecer uma conversação humana, o Call Center trata o cliente como merda e qualquer pergunta incisiva é mecanicamente respondida. Q qualquer tentativa em ter uma conversação humana é prontamente cortada por um - "posso ajudar em mais alguma coisa"

Parece uma pseudo realidade dadaísta. A base de dados é um "etéreo nada" que os departamento de marketing insistem em coletar e misturar no liquidificador de bytes. Assim, montar um perfil tangível que visa uma suposta melhor relação com a seu consumidor. Este fluxo unidirecional de conhecimento, onde as empresas acumulam todos os nossos dados e, em contrapartida, nos entopem de informações irrelevantes, não atendem a ambiguidade da relação cliente/ empresa. Este ranço egocêntrico afasta a empresa de um verdadeiro inter- relacionamento. Os consumidores querem mais... muito mais!!

Primeiramente querem ser bem atendidos. Reformular os Call Centers para uma dimensão mais ativa no relacionamento de marketing, pois o fluxo do conhecimento deve ser bidirecional. A empresa aprende com o consumidor, mas este também tem necessidade em trocar informações com as empresas. Ele quer conhecer o que acontece por trás do muro de Berlin corporativo. Quem são seus interlocutores? os outros clientes? Querem conversar com as pessoas que compartilham com experiências parecidas. Enfim, o segredo acabou.